BRINCAR É COISA SÉRIA!

Brincar é essencial para o desenvolvimento humano, sobretudo das crianças que, a partir das brincadeiras, vivenciam de maneira lúdica situações comuns à vida adulta e situações imaginárias que promovem cooperação, autonomia e criatividade.

É nessa linha teórica da importância do brincar, tão bem definida por documentos oficiais como o "Currículo integrador da Infância paulistana" e "Diálogos interdisciplinares a caminho da autoria", que são pautadas as ações pedagógicas da EMEF Anna Silveira Pedreira.

Essa opção curricular foi vivenciada com intensidade nos dias 09 e 10/10, quando os/as estudantes de todos os anos escolares puderam confeccionar brinquedos com suas professoras e professores, bem como realizar brincadeiras e atividades diversas, incluindo pintura de rosto, cabelo e produção de Emoji. Um dos destaques da brincadeira foi o uso da cama elástica que deixou os/as estudantes ofegantes e felizes.

As crianças do 1º ano A também tiveram a oportunidade de participar do Projeto Piquenique Literário, organizado pela estagiária Parceira da Aprendizagem Maria juntamente com suas companheiras da Faculdade UniItalo. Nessa data, as crianças ouviram histórias e ganharam livros de presente. O projeto visa incentivar a leitura literária e contribuir com o processo de formação de leitores.

As turmas da manhã e da tarde também assistiram a apresentação de arte marcial da Academia Foshan de Kung Fu Ton Lon estilo Louva a Deus, com o Mestre Luciano e seus discípulos. A plateia vibrou com as performances do grupo. Interessados em aprender essa arte podem entrar em contato com a Academia pelo telefone 94828-5294.

No dia 10/10 as turmas do período da manhã também assistiram ao espetáculo musical "Os Saltimbancos", encenado pelos/as estudantes do Projeto Teatro, ministrado pela Professora Júlia. 

Originalmente, "Os Saltimbancos" foi escrito por Sérgio Bardotti e Luis Enriquez Bacalav inspirados no conto "Os músicos de Bremen", dos Irmãos Grimm. Trata-se de uma alegoria política, na qual o burro representaria os trabalhadores do campo; a galinha, a classe operária; o cachorro, os militares; e a gata, os artistas. O barão, inimigo dos animais, seria a personificação da elite. Em 1977, Chico Buarque, além da criação de canções para transformar a história em um musical traduziu a fábula e a adaptou para o português.

Foi a partir da adaptação de Chico Buarque que os/as estudantes do Projeto Teatro construíram a peça apresentada. A temática atual e a competência de nossos jovens atores e atrizes encantou a plateia. 

No dia 10/10, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) também vivenciou um momento de brincadeiras, comprovando  que brincar não tem idade. Na quadra coberta da escola, os/as estudantes pularam na cama elástica, jogaram queimada, vôlei, basquete e ensaiaram passos de dança (Tudo em companhia dos/das professores e professoras). Depois desses momentos, aproveitaram um saboroso lanche coletivo, acompanharam a homenagem aos mestres pelo dia 15, organizada pelo casal de estudantes Jocilene e Ademar, e jogaram um bingo solidário. A noite foi inesquecível!

Como pudemos perceber, brincar é coisa séria e precisa estar presente no currículo escolar.

EJA NA FELIZS: SARAU POESIA DE TODO CANTO

Na sexta-feira, 22/09/2017, os/as estudantes da EJA realizaram uma aula passeio ao SESC Campo Limpo, onde participaram do Sarau Poesia de Todo Canto, uma das ações da Feira Literária da Zona Sul (FELIZS) realizada pela equipe do Sarau do Binho.

Jovens e adultos puderam prestigiar a atuação de poetas de diversas partes do Brasil e refletir sobre temas polêmicos como sexualidade, racismo, homofobia e intolerância religiosa. 

Após o evento, as discussões continuaram nas aulas. Houve quem gostou muito, houve quem se sentiu incomodado com o teor de alguns poemas, mas certamente ninguém ficou indiferente a esse Sarau.

Que venham outras experiências, pois a aprendizagem não tem tempo nem limites!!

AULA PASSEIO AO MEMORIAL DA INCLUSÃO: CAMINHOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

No dia 22/09/2017, os/as estudantes dos 4ºs e 5ºs anos tiveram a oportunidade de visitar o Memorial da Inclusão que, em comemoração aos seus cinco anos de inauguração, organizou uma programação especial visando sensibilizar educadores e educandos sobre a importância da quebra de barreiras que, muitas vezes, excluem as pessoas com deficiência de diversos espaços como, por exemplo, a escola.

As crianças e os professores dos 5ºs anos participaram da excursão no período da manhã e os 4ºs anos no período da tarde. O ônibus foi cedido pelo próprio Memorial que também ofereceu uma formação aos Educadores no dia 19/09/2017. 

No Museu, as crianças vivenciaram experiências sensoriais, físicas  e artísticas relacionadas às deficiências e puderam sentir a dificuldade de cadeirantes, cegos e pessoas sem os membros superiores. 

Eles/elas caminharam com cadeira de rodas, deslocaram-se com venda nos olhos e pintaram usando a boca. Foi uma experiência emocionante que certamente mudou seus olhares sobre as diversas formas de expressão, apesar de determinada deficiência. As crianças que participaram dessa aula passeio compreenderam a deficiência de outra maneira, analisando-a em suas possibilidades e não apenas em suas faltas.

O passeio e a formação ampliaram nosso olhar sobre a questão das deficiências, até mesmo das terminologias, pois a forma considerada hoje mais adequada para nomear alguém com uma deficiência é "pessoa com deficiência", uma vez que ela possui determinada deficiência, não é "deficiente", pois possui também muitas habilidades. 

De maneira geral, a sociedade deve lutar para diminuir as barreiras de acessibilidade, comunicação e atitudes que tornam a vida da pessoa com deficiência ainda mais difícil. 

É importante ressaltar que qualquer pessoa pode vir a ter uma deficiência e garantir direitos é uma responsabilidade de todos e todas. 

As diferenças não podem ser usadas para justificar a desigualdade! 

Essa é uma lição que precisa ser aprendida e compartilhada!!

Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.

Boaventura de Souza Santos